segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Pará, 15 de Agosto de 1823: Data magna?



Solar do Barão de Guajará - sobrado de azulejos portugueses construído em 1873, estilo colonial, sede do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP) paça D. Pedro II s/nº, Cidade Velha.

A principal fonte bibliográfica acerca dos acontecimentos na Província do Pará até a Adesão à Independência não endossa opinião geral a respeito da data de 15 de agosto de 1835 – aliás, sequer cita este dia –, como evento máximo do processo de separação do Pará colonial do reino de Portugal para incorporação ao Brasil independente.

O ato que se comemora com o feriado estadual de 15 de agosto, ocorreu de fato na reunião palaciana de 11 de agosto a fim de deliberar, sob ameaça de bombardeio da cidade; a respeito da intimação do almirante Lorde Cockrane trazida pelo capitão-tenente John Pascoe Greenfell, da marinha inglesa. Ou, então, cinco dias depois, dia 16, na assinatura do termo de obediência ao imperador Pedro I.

Haveria outra explicação para a data de 15 de agosto? Ela não se acha na obra de Domingos Antônio Raiol. Minucioso e prolixo, Raiol não esqueceria. Ele desce a detalhes quanto aos antecedentes e quanto às conseqüências imediatas da adesão da Província do Pará ao Império do Brasil. Vê-se que o povo paraense, pela vontade da maioria, manifestou-se pela separação de Portugal de modo insofismável, a 14 de abril de 1835 em Belém. Sendo, entretanto, seus líderes aprisionados continuou a luta em Muaná, ilha do Marajó, sob comando de José Pedro de Azevedo, informa o historiador, que com contingente de aproximadamente 200 militantes “proclamou naquela vila, no dia 28 de maio, a independência do Brasil, sob a dinastia de D. Pedro I.”


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