Do site do jornal Brasil 247
247 - A turma do PSDB que entende de economia, e que também é muito boa no mundo dos negócios, reuniu-se ontem para discutir o futuro do Brasil, seus problemas e, principalmente, disparar alertas sobre os perigos presentes. Depois de muita conversa (fartamente exposta pelo jornal O Estado de S. Paulo), os ex-autoridades econômicas Pedro Malan, Gustavo Franco, Edmar Bacha, André Lara Resende e Pérsio Arida, liderados pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, lançaram três propostas concretas.
Essas propostas poderiam ser aplicadas à economia real, caso o resultado das eleições de 2010 tivesse sido pró-Serra, o candidato tucano derrotado pela presidente Dilma Rousseff.
Elas indicam o que seria dos brasileiros numa eventual vitória tucana nas eleições. Uma ampla defesa foi feita pelo economista Pérsio Arida, hoje poderoso sócio do banco de investimentos BTG Pactual. São elas, todas, de cunho neoliberal: mudar o sistema de administração do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e, também, alterar o sistema de remuneração da poupança.
Segundo Arida, o FGTS e o FAT deveriam ser administrados livremente pelo trabalhador. Nessa linha, obviamente, o patrão também teria liberdade para recolher o recurso de acordo com a escolha do trabalhador. É difícil imaginar, nesse cenário, algum trabalhador poupando recursos, em lugar de usar o dinheiro extra para consumo ou pagar contas. Hoje, o fundo é de “garantia” e não de investimento.
Em relação ao FAT, mesma linha neoliberal. Sobre isso, a discussão é antiga. É a seguinte: pelo sistema de cálculo da remuneração da poupança, o juro da Selic não pode cair muito, caso contrário, a caderneta vai pagar uma remuneração maior que outros tipos de aplicação. Essa é uma boa discussão, mas ainda está longe de ser necessária com a Selic acima de 12%.
O encontro dos tucanos que entendem de economia, muitos deles pais do Plano Real, não registrou nenhuma linha sobre distribuição de renda, nem investimentos sociais, muito menos programas de renda social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário