segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Eleições no Pará: 2014.

As eleições se aproximam.
Em termos eleitorais 2014 já começou, as campanhas estão nas entrelinhas dos jornais da mídia patronal, ou melhor dizendo, empresarial.
A imprensa no Brasil, com o advento dos governos petistas, demonstra que já tomou partido e desavergonhadamente tenta posar como o bastião da "moralidade", alçando aos píncaros autoridades judiciais que se apresentam como "justiceiras" de uma oposição que não tem projeto nenhum para o país e não consegue se apresentar como alternativa no pleito de 2014 para a presidência do Brasil.
E no Pará?
O PT do Pará está, no linguajar do MMA, com a cabeça presa numa guilhotina aplicada pelo PMDB nacional.
O PT do Pará corre o risco de ser "zumbinizado" pelo PMDB dos Barbalhos, basta ver o que aconteceu com o PT de Ananindeua que durante toda a gestão do PMDB no município de Ananindeua, foi uma força auxiliar mais barbalhista que os próprios peemedebistas.
Simão Jatene no momento se apresenta muito mal avaliado pela opinião pública, segundo as últimas pesquisas, mas a oposição não consegue apresentar uma candidatura que seja identificada como o contraponto ao projeto do PSDB, a candidatura do ex-prefeito de Ananindeua Helder Barbalho é fraca!
Helder Barbalho deixou a prefeitura de Ananindeua com uma avaliação muito baixa, não conseguiu fazer o seu sucessor, e ainda tem uma grande rejeição ao seu nome em Belém.
É muito importante não esquecer que passa por Belém a definição da eleição para governador. O senador Jáder Barbalho não conseguiu recuperar o prestígio de outrora na grande Belém, isto pode ser um fator de preocupação para a candidatura do seu filho - Helder Barbalho, caso o marketing dos tucanos consiga colar o pai ao filho, com o slogan "Tal pai, tal filho!", aí a candidatura de Helder Barbalho pode se tornar a candidatura "onça-pintada", uma fera, mas apenas "pintada", só.
A pergunta que se faz: o PT será ator principal nessa eleição ou coadjuvante??? 
A preocupação da militância petista mais à esquerda é se o PT vai lançar uma candidatura para "perder" no primeiro turno, e depois a direção do PT apoiar o candidato do PMDB em um suposto 2o. turno, se ocorrer.
"O perigo que corre a árvore, corre o cabo do machado" (ditado árabe).
A juventude no Brasil tem flertado com o conservadorismo transvestido de "mudança", basta lembrar as manifestações de junho, que queriam "mudanças", os segmentos reacionários da nossa sociedade tentaram direcionar as manifestações contra o governo Dilma.
O desafio do Partido dos Trabalhadores é resgatar os movimentos sociais, a rebeldia dos jovens, rebeldia que constrói um mundo novo, um mundo de inclusão e evitar uma guinada à direita, como  anunciam Arnaldo Jabor e outros bastiões da direita brasileira.
Não se pergunta aqui por quem os sinos dobram, como diria Henry Ward Beecher: "Quando os jovens de uma nação são conservadores, o sino pro funeral já tocou".  


sexta-feira, 19 de abril de 2013

O debate na UEPA: As facetas das propostas apresentadas




No 17 de abril, no debate dos candidatos a reitoria da UEPA, as representantes da “chapa Viração”, Professora Ana Claudia Hage e Laura Vidal, revelaram a faceta mais latente na política partidária tradicional, a qual é absolutamente incompatível com a academia, qual seja a de somente atacar, com inverdades, a boa gestão que se encerra, apresentando propostas tecnicamente inviáveis.  
Exemplo de quem busca se eleger a qualquer custo, são as propostas de construção de Restaurantes Universitários - RU e casa dos professores em todos os campi da universidade, implantação de mestrados e doutorados para todos os professores do interior, pagamento imediato dos benefícios dos
servidores, assistência estudantil para qualquer estudante, Plano de Cargos e Salários e Congresso Estatuinte do dia pra noite.

Em contrapartida, a Chapa “UEPA FORTE” dos professores doutores Joarez Quaresma e Rubens Cardoso, apresentaram os diversos avanços da gestão atual, como a construção do primeiro RU no Centro de Educação – CCSE, ampliação do número de mestrados, regulamentação e pagamento da progressão funcional dos servidores técnicos, ampliação do plano de saúde para todos servidores, ampliação do TIDE - Regime de Tempo Integral com Dedicação Exclusiva aos docentes, construção de diversos campi do interior, assistência estudantil e a realização de diversos concursos públicos.   
Todas essas ações, entre outras, foram realizadas pela atual gestão da UEPA, de acordo com prioridades da comunidade acadêmica e com os recursos orçamentários disponíveis, o que demonstra a competência e qualificação técnica do grupo de gestores que administra hoje a UEPA. 
A Chapa “UEPA FORTE”, ao contrário das candidatas da Chapa Viração que apresentaram, por meio de chavões, propostas inviáveis do ponto de vista orçamentário, manifestou o propósito de ampliar os avanços conquistados, comprometendo-se, em 04 anos, a efetivar propostas factíveis, como a aprovação do novo plano de cargos de docentes e técnicos administrativos, criação do primeiro doutorado da UEPA, ampliação da assistência estudantil e do TIDE, realização de novos concursos públicos e do congresso estatuinte.
O debate, assim, revelou quais são os candidatos mais credenciados a dirigir a UEPA com responsabilidade administrativa e respeitabilidade acadêmica. Resta saber se a comunidade universitária trilhará esse caminho ou cairá na tentação das falsas promessas.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Contra a Homofobia!


ELEIÇÕES NA UEPA: Façam suas apostas!


 Após um tempo afastado, retorno ao Blog Belém Debates para estabelecer algumas reflexões sobre o cotidiano de Belém e o mundo, afinal debatedores não faltam.
Começo analisando as eleições na Universidade Estadual do Pará, a nossa UEPA.
Novamente eleições na UEPa, as pedras sendo mexidas nos bastidores, intensa agitação dos grupos das chapas candidatas, o que é normal no ambiente acadêmico. Certamente vale uma reflexão para todos que se interessam por uma universidade estadual que seja dirigida por gestores qualificados, na perspectiva da consolidação de uma universidade pública interiorizada e acessível aos paraenses de todas as regiões do Pará.
Algumas preocupações se colocam imediatamente, dentro de uma perspectiva de se buscar a excelência para a UEPA, a única chapa que apresenta candidato com o título de Doutor é a chapa "UEPA Forte", as demais ficaram devendo neste aspecto.
A chapa “UEPA Forte” tem como candidato o prof. Dr. Juarez Quaresma, médico, do Centro das Ciências Biológicas e da Saúde - CCBS, a sua candidatura representa a continuidade da gestão da professora Marília Brasil Xavier, aliás, também a primeira reitora com título de doutor da UEPA. A reitora entrou no cargo apoiada pela governadora Ana Júlia, em tempos de crise na instituição, onde conseguiu dar um novo rumo à universidade do Estado. Mesmo na gestão tucana, teve apoio de vários secretários e deputados de diversos partidos, tendo desistido, novamente, de ser candidata, mas deixando o grupo que se propõe a continuar dirigindo a UEPA.
Na chapa “UEPA Novos Tempos”, temos o professor Moacir Palmeira, mestre, também do CCBS, que já foi candidato a reitor concorrendo com o antigo reitor Fernando Palácios, ficando em segundo lugar naquela época. O professor Moacir Palmeira parece ter ligação com o senador Jáder Barbalho.
O que chama a nossa atenção é a chapa "Viração", os desavisados poderiam intuir que se tratasse de chapa "comunista", mas não é o caso, esta chapa representa um retorno ao passado que a Uepa já viveu. A candidata é a professora Ana Cláudia Hage, pedagoga, filha do já falecido Dionísio Hage e dele herdou o estilo da política tradicional populista e clientelista como instrumento para se manter no poder. Com inexpressiva produção acadêmica, possui título de mestre e já foi antiga diretora do Centro de educação da UEPA. Também ocupou cargos na diretoria da SEDUC no Governo Tucano, período em que os indicadores da educação básica sofreram importante queda. Seu grupo fez oposição sistemática contra a gestão da professora Marília Brasil. Com uma oposição ferrenha à implantação de políticas de mérito acadêmico implantadas pela atual gestão, ressurge apoiada por Nilson Pinto e Zenaldo Coutinho, ansiosos de retornarem à UEPA que, no período de 96 a 2007, foi um bom curral eleitoral, especialmente nos campi do interior do Estado.
Resta saber se o processo de mudanças por que passa a UEPA, que hoje é mais respeitada perante a sociedade paraense e a comunidade acadêmica, que hoje conta com mais professores titulados, mais servidores efetivos e com coordenações de campus do interior eleitos por voto direto, vai optar pelo retrocesso e relegar a nossa universidade pública a um curral partidário ou vai optar por continuar no rumo do mérito acadêmico e de uma universidade consolidada e verdadeiramente plural.
Eis a nossa contribuição para o debate. Avançar ou retroceder? 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Sou de todo mundo e todo mundo me quer bem!

A difícil equação eleitoral para o PT em 2014


A união do Partido será decisiva para a disputa eleitoral de 2014.
No blog As Falas da Pólis.

Ainda em 2012, este blog fez uma análise do cenário político e como o PT paraense estará em 2013, em preparação ao ano eleitoral de 2014, quando o partido será novamente testado nas urnas e espera ter um resultado positivo, já que Ana Júlia não conseguiu a reeleição em 2010, perdendo a eleição pra Simão Jatene (PSDB) e Paulo Rocha deixou de ocupar um das duas vagas do senado em disputa naquela ocasião, hoje ocupadas por Jader Barbalho (PMDB) e Flexa Ribeiro (PSDB).
Com a engenharia interna ainda sendo alicerçada, o Partido dos Trabalhadores comemora a vitória dos 14 prefeitos eleitos e dos 09 reeleitos, tornando-se o terceiro partido que mais teve votos nas chapas majoritárias que disputou no Pará.

Ao todo, foram 517.665 votos registrados para candidatos a prefeito (a) em todo o estado. Em relação ao número de votos para vereadores (as), o Partido ocupou o mesmo lugar no ranking e com 360.675 votos, foi a terceira legenda que mais elegeu parlamentares no Pará.

PSDB e PMDB: As pedras no caminho?

O PSDB além de governar livre, leve e solto, ainda goza de uma forte base aliada tanto nas prefeituras, como no parlamento estadual e tende a continuar influenciando a presidência da ALEPA através de Márcio Miranda (DEM), indicado pelo governador Simão Jatene para a futura presidência da casa, até hoje sem resultado prático de todas as investigações do Ministério Público, que lá descobriu um mar de lama, colocando a Assembleia Legislativa Paraense nas páginas dos jornais locais e nacionais, onde deputados e assessores parlamentares seguem impunes no tal Pacto pela impunidade no Pará, mote da campanha eleitoral do governo tucano, bem assimilado pelo PMDB com quem reveza o comando do legislativo estadual por décadas.

Com a imprensa local muito bem paga, a primeira metade do segundo governo de Simão Jatene segue ilesa, mesmo sendo mais medíocre – em termos de resultados – e escandalosa – em termos de denúncias - do que nos dois primeiros anos de sua primeira gestão, quando recebeu de Almir Gabriel o bastão e manteve o partido por longos 12 anos à frente do Estado.

Agora, usufruindo da falta de oposição dos demais partidos, o PSDB se dá ao luxo de eleger todos os prefeitos da Região Metropolitana, fazendo da prefeitura de Belém, a extensão do Palácio dos Despachos, com diversas denúncias abafadas pela mídia local, com inúmeros casos de nepotismo e dispensa de licitações, que servem para engordar o caixa dois do partido, tido como o maior em número de fichas-sujas do país, mas que no Pará controla o judiciário e a impren$a e por isso não é queimado todo santo dia, como são seus principais adversários.

O PMDB que no cenário nacional é aliado, no Pará tenta retomar a estratégia que impôs a derrota à reeleição de Almir Gabriel, mas que logo em seguida foi minada por erros e desacertos de ambas as partes e fez com que “a vez do PT governar o Estado” não durasse mais do que quatro anos.

Desta vez, o PMDB quer ser cabeça na aliança com o PT, lançando como candidato à governador, o ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, que deixou o cargo após oito anos de gestão e saiu com uma das maiores rejeições da história eleitoral do município e mesmo tendo apoiado três candidatos à sua sucessão, não levou nenhum pro 2º turno das eleições do ano passado, coroando o retorno de Manoel Pioneiro (PSDB) para a prefeitura do segundo maior colégio eleitoral do Pará.

O PT Pará precisa de um Ministro pra voltar a governar o Estado.

Como todos sabem a tarefa de escolher um candidato no PT não é nada fácil. Primeiro, pelo acerto entre os cardeais sobre quais serão os nomes que estarão no processo, depois de qual será o método para convencer a militância ir pras ruas e tornar o sonho possível.

Ana Júlia que faz parte da Democracia Socialista (DS), já comunicou ao partido que não irá se lançar como candidata ao governo, mas não abre mão de ter um mandato e o mais provável é que seja como deputada federal ou até mesmo como senadora, já que fez um mandato muito elogiado no Congresso Nacional.

Por sua vez, Cláudio Puty que se elegeu deputado federal pelo mesmo grupo da ex-governadora, e com seu total apoio, agora teme que ela venha concorrer na mesma raia, o que coloca sua reeleição em xeque, caso seja isso mesmo que venha ocorrer.

Puty faz um mandato muito bem avaliado no cenário nacional, tendo inclusive se destacado de forma rápida, o que faz este blog considerá-lo como um dos melhores parlamentares do Estado do Pará em Brasília, algo confirmado por sua presença na última lista dos parlamentares mais influentes no Congresso Nacional, elaborada pelo Departamento Intersindical de Assossoria Parlamentar (DIAP) e pela última prêmiação do Congresso em Foco

No entanto, localmente falando, Cláudio Puty não acumula forças necessárias para uma eleição sem o apoio de sua madrinha e isso deve ser um imbróglio inglório que a DS enfrenta para consolidar sua estratégia eleitoral.

Uma saída para este cenário de disputa interna seria a indicação de Puty como Ministro de Dilma, algo até natural devido à boa aceitação que o deputado tem em Brasília e faria justiça ao apoio que Lula e Dilma tiveram e tem no Estado e até hoje não contemplaram o mesmo com um cargo de destaque no governo federal. Ao mesmo tempo, Puty sendo ministro ajudaria o PT-PA, a acumular mais possibilidades de retornar ao governo do Estado.

As pedras e o tabuleiro vermelho.
Mesmo sem seus mandatos, Paulo e Ana articulam os interesses do Estado em Brasília.

 
O ex-deputado federal Paulo Rocha ainda é tido por muitos como uma espécie de “Embaixador do Pará em Brasília”, devido sua capacidade de articular reuniões com lideranças partidárias, ministros, dirigentes de órgão públicos e empresários, seja na defesa de interesses do governo federal e do Estado, por causa disso é tido como um forte nome para a disputa eleitoral de 2014 seja como deputado, senador ou até mesmo governador, mas mesmo que não lhe digam tête-à-tête, algumas fontes bem posicionadas, consideram que suas chances de ser governador ou senador do Estado diminuíram muito pelo fato dele ter se ausentado dos palanques municipais em Outubro do ano passado, ora por sua própria avaliação de que assim deveria fazê-lo, ou por não ter sido convidado pelos candidatos petistas e de partidos aliados.

Ainda assim e mesmo tendo sido inocentado pelo STF, Paulo Rocha ainda considera que o resultado de sua renúncia ao mandato, pelo envolvimento no chamado “Mensalão” deve ser visto com cautela para que seu destino político não sofra outro revés e por isso busca apoio da cúpula do PT no Planalto e em suas bases, para retomar suas atividades parlamentares, ou disputar o governo do Estado.

E o deputado estadual Carlos Bordalo e o deputado federal Beto Faro, ambos dirigentes da Articulação Socialista que elegeu três prefeitos nas últimas eleições?

E o PT pra Valer que tem o deputado federal Zé Geraldo, os estaduais Valdir Ganzer, Airton Faleiro e Bernadete Ten Caten, que juntos tem oito prefeitos, dos vinte e três que o PT conseguiu eleger em 2012?

Pra essas perguntas e outras considerações, fica aberta a caixinha de comentários!