Mostrando postagens com marcador Ana Júlia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ana Júlia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Simão Jatene acertou: - É "não" mesmo!


"E se é um déspota que quereis destronar, verificai primeiro se seu trono erigido dentro de vós está destruído." (Khalil Gibran)




Durante toda semana passada se falou muito sobre a posição tomada pelo governador Simão Jatene em defesa da manutenção da integridade territorial do Estado do Pará.
Traduzindo para a linguagem coloquial, Jatene se jogou de cabeça na campanha contra a divisão do Estado do Pará, cabe lembrar aos incautos que Simão Jatene foi eleito para governar o grande Pará e não o Parazinho.
Não sou tucano e sempre tomei partido, na última eleição votei em Ana Júlia para governar de novo o nosso Pará.
O que sempre espero dos governantes é a coerência.
Caso Ana Júlia fosse governadora, esperaria dela a defesa do grande Pará.
Agora me digam uma coisa, porque não exigir de Jatene essa defesa?
Li vários blogues durante a semana passada que diziam que o governador Simão Jatene deveria ficar em cima do muro.
Sinceramente? Não aceito esse discurso.
Percebi que a base de apoio de Jatene se esfarelou totalmente com a sua tomada de posição no plebiscito.
A posição de Jatene não terá sido uma virtude em vez de equívoco?
O que esperavam os críticos?
Que Jatene fosse acusado de omissão pelos paraenses?
Eu mesmo estava pronto a apontar o meu indicador para Jatene, acusando-o de traídor....
Meu entendimento: - Jatene foi correto em fazer a defesa do grande Pará.
Agora se fosse fazer uma análise a partir de Maquiavel, reprovaria Jatene.
Eis o ônus dessa campanha - todos estão expostos...
Qual a posição do PT?
Estudos demonstram que o Partido dos Trabalhadores seria o grande prejudicado com a divisão do Estado do Pará, e nenhum dos dirigentes do PT se manifesta o porquê?
Amigos, companheiros e alunos tenho a dizer que quando se faz oposição nem sempre é fácil reconhecer que o adversário político fez a coisa correta: - Jatene está correto em fazer a defesa do grande Pará.
Com relação à taxa de mineração: - Jatene errou, como errou na questão dos professores.
Jatene na questão do plebiscito ao dizer "Não": - Acertou!

sábado, 12 de novembro de 2011

O Brasil nos deve!

Por Ana Júlia Carepa* na Carta Capital

Abundância de recursos naturais e pobreza extrema são a equação que define a Amazônia. Particularmente no Pará, maior província mineral do planeta, transformar riqueza em qualidade de vida é o desafio aos que se propõem a resolver essa questão.

Abundância de recursos naturais e pobreza 
extrema são a equação que define a Amazônia

Os militares nos impuseram a vocação de exportadores de matéria-prima de baixo valor agregado, o que transforma nossa riqueza em empregos lá fora e reproduz a miséria aqui.

Os tucanos criaram a Lei Kandir, que institucionaliza o calote nos impostos pela exportação de produtos primários. Isso torna o Pará um dos primeiros a assegurar saldo positivo da balança comercial brasileira, mas é o um dos últimos Estados em volume de arrecadação do ICMS.

A compensação pelas perdas da lei Kandir é insuficiente e falha. O Pará deve ICMS a empresas que recolhem sobre insumos para exportações, e nada é cobrado sobre o que é exportado. A perda acumulada é de R$ 21,5 bilhões entre 1997 e 2010, segundo a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa).

É preciso fazer a reforma tributária, mas o que pode alterar de fato nossa dependência é criar alternativas para transformar os recursos naturais e agregar valor no próprio estado, e com isso criar empregos, gerar renda e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

É nesse contexto que surge a siderúrgica da Vale no sudeste do Pará, a Alpa, fruto da nossa vontade política e do apoio decisivo dos, à época, presidente Lula e minustra Dilma Rousseff.

A ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa. Foto: Agência Brasil

A Alpa surge ligada à resolução de problemas estruturais no vale do Araguaia-Tocantins, entre os quais as Eclusas de Tucuruí, que restabelecem a navegabilidade do Rio Tocantins e criam condições para a hidrovia Araguaia-Tocantins; derrocagem dos pedrais e dragagem para a hidrovia; ampliação do Porto de Vila do Conde em Barcarena; e construção do Porto Público de Marabá, disponível a dezenas de outras indústrias previstas para a região, já que a Alpa terá seu próprio porto.

Com o Distrito Industrial de Marabá revitalizado e ampliado, não foi difícil convencer os executivos da Vale e da Aço Cearense, proprietária da Sinobrás, que já produz vergalhões de aço em Marabá, a implantar lá a indústria Aline, de bobinas de aço a frio e a quente e aço galvanizado, substituindo importações da Índia, gerando emprego e garantindo recursos para saúde, educação.

As obras de infraestrutura que já existem e estão sendo construídas são essenciais para viabilizar o polo industrial da região sul-sudeste do Pará, em Marabá. Por isso todas as lideranças do estado, inclusive a autora deste texto que já pediu audiência no Ministério do Planejamento, se mobilizam para que a obra da Hidrovia Araguaia/Tocantins seja retomada.

Obras nas eclusas de Tucuruí. Foto: Eletronorte

O Governo Federal já inaugurou as Eclusas de Tucuruí, ampliará os portos de Vila do Conde e de Marabá e não terá dificuldades em propor um arranjo institucional, dentro ou fora do PAC, para viabilizar a hidrovia como obra complementar às eclusas e aos portos de Marabá e de Barcarena, tornando-as úteis de fato para o desenvolvimento da região amazônica.

A hidrovia do Araguaia- Tocantins é o caminho natural para viabilizar a ZPE de Barcarena, que industrializará diversos minerais, em especial o cobre, além de assegurar a ampliação da cadeia do alumínio. A ZPE de Barcarena foi uma conquista que teve forte oposição de José Serra, o mesmo que incluiu na Constituição a taxação da energia elétrica no consumo e não na geração.

O Brasil deve à Amazônia! Essas obras estratégicas de infraestrutura amortizam apenas uma pequena parte do débito, embora o lucro para o País seja imenso. A luta pela hidrovia do Araguaia-Tocantins é, portanto, de todos os brasileiros.

Ana Júlia Carepa é arquiteta e bancária. Já exerceu mandatos de vereadora, vice-prefeita e secretária municipal de Belém, deputada federal, senadora e governadora do Pará (2007 a 2010)

domingo, 4 de setembro de 2011

Patrimonialismo na política brasileira.

Quando fui convidado para escrever no BD (BelémDebates) disse de imediato que não poderia escrever diariamente e assim estou agindo. Tenho bons contatos políticos, por isso não posto o que for leviano, sempre dou uma checada no que vai ser postado.
O PT Ananindeua discorda da minha coluna.
Em Belém acontece a mesma coisa que em Ananindeua, senão vejamos, a Professora Edilza Fontes se desfiliou do PT e deixou uma dívida a ser adimplida, por quem? Não sabemos. A neocomunista Edilza nega essa ilação, dizendo que tem até uma certidão de quitação de débitos expedida pelo Partido dos Trabalhadores, cabe à tesouraria do PT Belém esclarecer os fatos.
Nunca é demais lembrar que não é a primeira vez que Edilza Fontes se desfilia do PT, vamos ver quem irá abonar no futuro a refiliação da Professora Edilza.
Em Ananindeua o PT de lá soltou nota desmentindo o que foi noticiado no BD sobre a saída da vice-prefeita Sandra Batista do Partido dos Trabalhadores, quero ver o José Oeiras expedir uma certidão de quitação dos débitos da vice-prefeita.
Alvissareiras as notícias que chegam do 4º Congresso do Partido dos Trabalhadores, realizado em Brasília, neste final de semana, saudamos as decisões tomadas no congresso. O maior partido de esquerda do Ocidente, decidiu que na direção do PT, vinte por cento(20%) dos cargos serão da juventude (até 29 anos) e tem mais, foi aprovado uma mudança no estatuto do partido que limita o mandato para deputados federais, estaduais, distritais, senadores e vereadores. A partir de 2014, os deputados e vereadores filiados ao PT só poderão exercer, no máximo, três mandatos consecutivos. No caso de senadores, a limitação foi fixada em dois mandatos seguidos.
O PT ao tomar o posicionamento acima, acena para a sociedade e para os demais partidos sobre a necessidade de renovação dos quadros políticos, é urgente e necessário se combater a “perpetuação no poder” de quadros reacionários e anacrônicos de direita e de esquerda. Políticos que inevitavelmente reproduzem práticas patrimonialistas.
A maioria dos políticos brasileiros, indistintamente, pratica o patrimonialismo quando eles ocupam cargos públicos. É o carro da repartição que vai buscar ou levar a esposa ao salão de beleza ou os filhos à escola...
As raízes do patrimonialismo brasileiro, segundo Sérgio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil) e Raymundo Faoro (Os donos do poder), estão no Estado colonial português, por ocasião da concessão de títulos, de terras e poderes quase absolutos aos senhores de terra. Para toda posteridade brasileira grassou uma prática político-administrativa na qual os detentores de macro ou micro poder não distinguem os limites do público e os limites do privado e essa confusão propicia posturas reprováveis.
O patrimonialismo produz algumas deformações na conduta republicana.
Existem situações prenhe de legalidade, mas esvaziada de legitimidade, toco nessa ferida para me referir a algumas condutas que foram noticiadas no início do ano pela grande mídia, alguém lembra dos casos de aposentadorias de ex-governadores?
Só para refrescar a memória, a informação quando vem em turbilhão faz muita gente esquecê-la, mas o BD não esquece. Foi noticiado que alguns ex-governadores mesmo tendo assumido por 10(dez) dias o governo de seus Estados, adquiriam o direito à aposentadoria como governador.
Assim como a primavera não escolhe o jardim, essa aposentadoria não escolhe ideologia política. O Estadão listou nomes ilustres: os mineiros Aécio Neves, Itamar Franco, Newton Cardoso, Hélio Garcia e Eduardo Azeredo (com R$ 10,5 mil mensais), o paranaense Álvaro Dias, os gaúchos Olívio Dutra e Pedro Simon (R$ 24,1 mil), o pernambucano Marco Maciel (valor não informado), os paraenses Jarbas Passarinho, Jader Barbalho, Simão Jatene e Almir Gabriel (R$ 22 mil). Os ex-governadores Ana Júlia Carepa (PT/PA), Roberto Requião (PMDB/PR) e Yeda Crusius (PSDB/RS) se inserem na lista.
Exercer mandato político não poderia jamais suscitar aposentadoria, mandato político não é profissão! O STF já decidiu que não cabe aposentadoria para ex-governadores... Mas, as leis estaduais continuam insistindo na previsão legal dessas aposentadorias.
Estava falando de quê? Ah! Pois é, o patrimonialismo...

domingo, 28 de agosto de 2011

"Quadrilha" paroara.

Fiquei analisando o relacionamento político de nossas maiores lideranças nos últimos trinta anos, in casu, falo das terras paroaras.
Socorro-me de Carlos Drummond de Andrade em suas linhas de "quadrilha", vamos parodiar os versos do poeta mineiro:
"Jarbas Passarinho amava Alacid Nunes que amava Jáder Barbalho
que amava Hélio Gueiros que amava Almir Gabriel que amava Jatene
que não amava ninguém.
Jarbas Passarinho passou a odiar Alacid Nunes que odiava Jáder Barbalho
que odiava Hélio Gueiros que odiava Almir Gabriel que odiava Jatene
que não odiava ninguém.

Jarbas Passarinho foi para Brasília, Alacid Nunes para o Marajó,
Hélio Gueiros morreu de raiva, Ana Júlia ficou para tia,
Almir Gabriel suicidou-se politicamente e Jatene casou com Jáder Barbalho
que tinha entrado na história com o Juvenil."

O filósofo Aristóteles em torno do tema "virtude e amizade", considerava a amizade uma virtude essencial ao homem, que não poderia ser substituída nem mesmo pelo poder, pela riqueza ou pela saúde.
Acima tem sido a história política do Pará, as amizades são seladas e desfeitas sempre sob o signo da conveniência, o mais esperto quebra a confiança e atraiçoa o amigo da véspera com um sorriso nos lábios.

Curtinhas do pinto______________________________________________
- Diretora do Hospital Gaspar Viana (ainda sobre as mortes do gêmeos) foi blindada pelo PMDB de Jáder.
- Não convidem para sentar à mesma mesa Rominho Maiorana e Simão Jatene, Grupo Liberal e RBA em pé de guerra.
- Valdir Ganzer é o candidato do PT à Prefeitura de Belém.
- Carlos Bordalo como candidato do PT, seria o queridinho dos camelôs.
- Confirmados: Jordy, Edmilson e Ganzer.
Atualização às 17h00 - 29/09/2011
-
O PCdoB pautou o nome de Jorge Panzera para candidato à Prefeitura de Belém. Com todo respeito que o Jorginho Panzera merece, isso não é para se levar a sério. Cheira negociação de vice do PSOL.