terça-feira, 21 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
O que o PSOL tem haver com o Mensalão? - 1ª parte
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Lúcio Flávio Pinto: O grileiro vencerá?
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Portabilidade Bancária: BANPARÁ.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Déjà vu do "beija-flor" da Wandenkolk: Adeus ministro!
Os bares continuam morrendo numa quarta-feira
Publicado em 24.01.2012 no Diário do Pará por Elias Pinto
1 Mais de dez anos atrás, exatamente no dia cinco de dezembro de 2001, acompanhei os últimos momentos do Garrafão, um bar que deixou história na boemia belenense. Posso dizer que dei forma, impressa, a essa história ao escrever, no domingo seguinte à queda do Garrafão, uma reportagem especial, de duas páginas, publicada aqui mesmo no DIÁRIO, no primeiro caderno. Como diria o companheiro Lula, nunca antes na história desse país o fechamento de um botequim mereceu tamanho espaço, sendo registrado cada momento de suas últimas cenas boêmias, testemunhadas por quinze últimos moicanos bebuns. O derradeiro líquido precioso servido (com a protocolar dose do santo) no Garrafão aconteceu numa desolada noite de quarta-feira.
2 Naqueles dias, muitos de nós mantínhamos a esperança de que o fechamento anunciado não vingasse. A sobrevida do Garrafão arrastava-se há muito tempo. Mas, admito, confirmado o fim, torci para que ele caísse numa quarta-feira, como aconteceu. Sendo assim, eu já tinha o título da reportagem, que já planejava.
3 O título daquela reportagem, “Os bares morrem numa quarta-feira”, reproduzia o de uma crônica antológica de Paulo Mendes Campos, publicada em 1977. No texto, o escritor mineiro remonta o ciclo de apogeu e morte dos bares que marcaram época no Rio de Janeiro. A propósito, a expressão “os bares morrem numa quarta-feira” é do poeta paulista Mário de Andrade, citado por Paulo Mendes na crônica. Segundo este, “os bares nascem, parecem eternos a um determinado momento, e morrem”. Mais adiante, registra: “O obituário dessas casas fica registrado nos livros de memórias. Recordá-los, os bares mortos, é contar a história de uma cidade. Melhor, é fazer o levantamento das cidades que passaram por dentro de uma única cidade”.
4 Ao longo de sua história líquida (nada a ver com as teses, acho eu, hic, do sociólogo polonês Zygmunt Bauman), a boemia paraense já chorou, ou derramou uma dose como homenagem póstuma, por bares como Maloca, Biriba, Porão, Papa Jimi, Tonga, Corujão, Primavera, 3 por 4, Nativo, Garrafão, entre tantos outros bares que, instalados na área central da cidade, deram combustível ao delírio da rapaziada nas últimas décadas. Mortos, no entanto, jamais mereceram sequer o lamento de uma vela bêbada.
5 Pois na quarta-feira passada a infausta profecia boêmia mais uma vez se cumpriu. Como diz o amigo Pedro Nelito, no tocante aos augúrios etílicos, se eu vivesse na Grécia Antiga tomaria o emprego das pitonisas do templo de Delfos.
6 Na quarta-feira passada, o Bar do Ranulfo (oficialmente, Vital Drink’s) baixou de vez as rangentes portas cujos umbrais viram passar heróis das nossas forças armadas pelo prazer do convívio em torno de mesas pródigas de bom humor, eloquência, ironia, sarcasmo e mais uma saideira. Juvêncio Arruda, um desses heróis, pediu a conta antes. Aliás, fui praticamente apresentado ao bar pelo próprio Juvêncio, sem que tivéssemos outra oportunidade para brindarmos.
7 Atingido pela interdição – pela Defesa Civil e pelos Bombeiros – do prédio do Quem São Eles, de quem é vizinho de parede, Ranulfo decidiu antecipar o fim do bar, já selado por questões familiares envolvendo a venda do terreno de que Ranulfo Vital era apenas ocupante do ponto.
8 Eu teria de escrever outra coluna para falar do boteco. Mas posso, desde já, dizer que ele era para iniciados. Servia almoço, o prato-feito, aos operários das obras que formigam em volta. Depois desses, vínhamos nós, a velha guarda.
9 Não pude ir na fatídica quarta-feira plúmbea, para prantear o ilustre passamento e beber o derrame de cerveja. Mas o Nelito, claro, esteve lá, velando, representando-nos (e tomando todas). Disse que comeu o melhor pirarucu de sua vida, feito já não pela cozinheira do boteco-restaurante (a essa altura dispensada com todas as garantias trabalhistas), mas temperado pelas lágrimas do próprio Ranulfo.
10 O inquebrantável Nelito também esteve no sábado, derrubando as grades que teimavam em sobreviver, e no domingo, já na casa do próprio Ranulfo, agora às voltas com um churrasco renascido das brasas. Foi a primeira vez que esteve na casa do Ranulfo, na Sacramenta, e viu não aquele turrão (que estampava essa impressão primeira) da Almirante Wandenkolk (onde ficava o bar), “que logo se revelava uma moça no trato com os amigos” (apud Nelito). Viu, isto sim, um são Francisco criador de passarinhos que lhe vêm pousar no ombro e lhe comer à boca, viu um búfalo marajoara (Ranulfo é do Marajó) transmutado num beija-flor com aspecto de turrão sentimental.
11 Como lembrou Paulo Mendes Campos na crônica citada, depois que se vai, perdoa-se, no bar-defunto, a bebida morna (mas a do Ranulfo era gelada), o banheiro sujo, o eventual mau humor do dono, as desavenças. A saudade tudo perdoa e só guarda os momentos amenos e a acolhida do bar um dia preferido. Os bares do presente, por seus serviços e por sua frequência, podem merecer até o nosso entusiasmo, mas não recebem jamais o nosso amor. “O bom freguês só ama o bar que se foi. Só na lembrança os bares perdem suas arestas e se sublimam.” O Bar do Ranulfo subiu aos céus da boemia. Sublimou-se.
Fórum Social de Porto Alegre
Divulgação do Fórum Social Temático
Bernard Cassen e Marco Aurélio Garcia debatem crise e alternativas
A Carta Maior promove nesta sexta-feira (27), a partir das 10 horas, no auditório da Escola Superior de Magistratura da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (rua Celeste Gobbato, n° 229, bairro Praia de Belas), uma conferência com o jornalista e professor francês Bernard Cassen. Um dos construtores do Fórum Social Mundial desde sua primeira edição, Cassen falará sobre a crise do euro e a agenda da esquerda européia. O debate também contará com a presença de Marco Aurélio Garcia, assessor de Assuntos Internacionais do Palácio do Planalto, que falará sobre as alternativas que a América Latina oferece a esse quadro de crise. A mediação ficará a cargo do jornalista e historiador Gilberto Maringoni.
Bernard Cassen é professor emérito da Universidade de Paris 8, fundador e presidente honorário da Attac, um dos fundadores do Fórum Social Mundial e diretor geral do Le Monde Diplomatique. Atualmente é secretário geral da ONG Mémoire des luttes.
Também na sexta-feira, Cassen participará de outro debate, às 14 horas, no auditório Dante Barone, da Assembleia Legislativa, juntamente com o governador do Estado, Tarso Genro e com o sociólogo português Boaventura de Sousa Santos. O tema do painel será "Diálogos Globais: o sentido da democracia".
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Os bares em Belém acabam na quarta-feira...
O bar nosso de cada dia...
Em janeiro de 2009 o nosso eterno amigo Juvêncio de Arruda alertava que o boteco do Ranulfo ia acabar, a gente escutava a estória mas não acreditava, sabe aquele papo de fim-do-mundo segundo os Maias? Pois é, era por aí o negócio.
Em 4 de abril de 2009 tivemos a despedida, um bota-fora memorável, com direito a tudo, incluindo até camisa de despedida (serigrafada pelo Reco), o boteco ficou entupido de gente lacrimosa, rolou o melhor que o nosso pé-sujo poderia produzir, tira-gosto e cerveja estupidamente gelada...
Naquele dia estávamos alegres, e como diria Maiakóvski "e por que razão haveríamos de ficar tristes? O mar da história é agitado...", realmente foi um dia de muita agitação e alegria.
O nome do boteco sempre achei estranho - Vital Drink's, depois de muito tempo fiquei sabendo que o nome do Ranulfo era "Ranulfo Vital", tá explicado, né?
A festa de despedida se eternizou...
O mais entusiasta daquela festa fez a sua despedida de verdade - Juvêncio Arruda (Juca), alguns meses após a festa o Juca faleceu deixando um vazio entre nós.
O prédio em que funciona o boteco do Ranulfo foi vendido em 2009 para uma construtora, fizemos a festa de despedida, mas o boteco não fechou, tudo porque a construtora ficou sem grana para iniciar a construção do prédio residencial, e aí?
O Ranulfo foi se fingindo de morto e foi ficando, ficando...
Ontem recebi um telefonema no final da tarde, a pessoa nem se identificou e foi logo falando com a voz embargada: - Olha mermão! O boteco vai fechar hoje, a defesa civil condenou o prédio do lado que pode desabar sobre o boteco.
Fiquei assustado e retruquei pesaroso: - É o Ranulfo?!
Ele me respondeu como o próprio ministro da educação: - Não, é o Papa!
Era mesmo o Ranulfo, aquele homem de uma delicadeza de pugilista de rua, que no primeiro momento fere a sensibilidade dos desavisados, para depois com o convívio se revelar uma moça no trato com os amigos.
Depois que ele desligou, por alguns momentos fiquei relembrando o quanto aquele pé-sujo e o seu dono fizeram parte da minha vida, o pé-sujo é uma instituição nacional, a alma brasileira pulsa a sua verdade nas mesas dos botecos, e os donos desses lugares lidam com todo tipo de gente, vai do doutor ao peão, convívio democrático, todos ali de sandália de dedo, camiseta e bermuda, soltando o palavrão livremente, nada de censura...
O título da postagem foi surrupiado do jornalista Elias Pinto.
Cabe uma sombria observação, Elias Pinto há dois anos escreveu um artigo para o jornal "Diário do Pará", o título do artigo era "Os bares em Belém acabam na quarta-feira", ele ficou só de bubuia esperando o desfecho do bar do Ranulfo, e não é que o boteco acabou na quarta-feira?!
Elias Pinto se vivesse na Grécia antiga ele desempregaria as pitonisas do templo de Delfos, fácil fácil.
O boteco acabou ontem.
Fui lá e encontrei com outras testemunhas do evento que virou história: Rui Baiano, Bruno Cabeção, Professor Gláucio e mais um anônimo, éramos poucos para muita emoção.
A cerveja sempre bem gelada.
O meu último tira-gosto era também a última porção de pirarucu, não havia mais cozinheiras, todas dispensadas com todos os direitos trabalhistas pagos, o Ranulfo foi para a cozinha e fez o melhor e mais delicioso pirarucu que já comi em toda a minha vida.
O Cabeção quis chorar, mas alguém em cima falou, parafraseando Adoniram Barbosa, "os homi tão com a razão nós arranja outro lugar", era muita emoção pra pouca gente.
É importante dizer que com o fechamento do boteco do Ranulfo (botafoguense e bicolor), muita gente vai perder o seu psicanalista, "adivinho", curandeiro, analista político, economista, engenheiro... O Ranulfo era vários num só, muito melhor que o Guido Mantega, Mãe Delamare não era páreo pra ele, as pessoas contavam os sonhos que tiveram para o Ranulfo, ele interpretava cientificamente e dizia qual o bicho no jogo de azar.
Ah! Por falar em interpretação de sonhos, uma vez ele me contou que um cara quis sacanear com ele, pediu uma cerveja e disse: - Ranulfo eu sonhei contigo, qual o bicho eu jogo?
Ele respondeu olhando firme nos olhos do cliente engraçadinho: - Viado!
O cara riu e sapecou: - Eu sabia!
O Ranulfo complementou: - Só pode ser viado, porque eu sou um cara feio pracaralho, um cabra sonhando comigo, só pode ser viado!
Depois dessa resposta o cliente ficou em silêncio, sem jeito pagou a cerveja e foi embora.
Pô Ranulfo! Vou ficar com saudades de ti, mermão.
Para encerrar, estou desarmado e sem quartel...
Deixo a pergunta feita por Neruda aos notívagos:
"É verdade que a esperança
se deve regar com orvalho?" (Pablo Neruda)
sábado, 7 de janeiro de 2012
Aécio Neves e a mordaça da imprensa mineira e brasileira.
Mais um vídeo que saiu no exterior sobre o jovem Aécio Neves, sempre denunciando a maneira como Aécio Neves governa. O Brasil precisa saber disso...
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
O Senhor dos... Tributos. Direto do túnel do tempo!
Os tucanos acusaram Lula e Dilma de terem sede por tributar, esqueceram do príncipe...
É claro que estamos falando do FHC.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Querem demitir ministro na cara-de-pau!
Fernando Bezerra é o ministro da Integração Nacional.
Qual a acusação?
A mídia brada aos quatro cantos que o Ministério da Integração Nacional distribuiu mais de 90% das verbas para prevenção à catástrofe no Estado de Pernambuco, insinuando que o ministro estaria destinando as verbas para o seu Estado com a finalidade de usufruir politicamente da mesma.
A explicação dada pelo ministro foi razoável.
Vamos lembrar o que aconteceu em 2010. Em Pernambuco e Alagoas choveu em duas semanas do mês de junho de 2010, o que choveria em um ano para aquela região.
Estado
|
Municípios atingidos
|
Desabrigados
|
Mortes
|
Desaparecidos
|
15
|
53.123
|
27
|
29
| |
14
|
29.000
|
20
|
n/d
| |
Total
|
29
|
82.123
|
47
|
29
|
Os dados foram espantosos, um verdadeiro tsunami atingiu os dois Estados com mais de 80 mil desabrigados, uma catástrofe espetacular.
O ministro afirma que foi atendido e destinada verbas onde existiam projetos, por que o governo tucano de Alagoas não se habilitou para receber os recursos? Ninguém falou nada.
Colocando os pingos nos iii, Estados e Municípios são responsáveis em providenciar projetos para que sejam liberadas verbas.
O caso do Rio de Janeiro é lamentável, o governo estadual não se antecipa e nem tampouco estabelece parcerias com as prefeituras, e ainda tem prefeito desviando dinheiro destinado ao socorro das catástrofes naturais.
Quais partidos além do PPS vão embarcar nessa de incriminar o Estado de Pernambuco por receber verbas para a prevenção de catástrofes naturais???
Querem demitir ministros na cara-de-pau, não vale!
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Algo de podre no reino da Dinamarca: crise do Euro.
Acima como diria Shakespeare na tragédia - Hamlet Príncipe da Dinamarca: - Há algo de podre no reino da Dinamarca. Referência ao espectro do falecido pai de Hamlet que aparece para ele pedindo vingança.
Casso retrata o momento, a economia européia em confronto com a dura realidade, são outros tempos...
O "terceiro mundo" se levanta a partir da percepção da força do nosso mercado interno e das nossas riquezas naturais, precisamos diminuir o atraso tecnológico imposto por muitas potências que hoje atravessam muitas dificuldades.
Casso capta a soberba européia, não perceberam que existe algo de podre no Reino da Dinamarca...
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
2012: Quando o carnaval chegar...
Renunciou ao mandato no senado quando se deu aquela briga mortal entre ele e Antonio Carlos Magalhães - o Toninho malvadeza. Durante a briga, várias faixas foram espalhadas pelas praças de Belém, enaltecendo o Barbalho com os seguintes dizeres: "Cobra-grande paraense engole vaca-louca baiana".
Ninguém sabe se Jáder é o Cobra Norato, mas pela lenda narrada pelo poeta Paes Loureiro, Cobra Norato tinha enorme apetite sexual e o rosto arisco... ninguém conseguia pegá-lo, muito escorregadio, as cobras são assim.
A pergunta que o BelémDebates faz aos leitores é a seguinte: - Jáder voltou ao senado pra quê?
O Brasil e o Pará necessitam de novos políticos, éticos e comprometidos com a cidadania. O momento pelo qual o país atravessa é de renovação de mentalidade, estamos adentrando ao grupo das grandes economias mundiais, temos um empresariado forte juntamente com uma classe de trabalhadores briosa, mas é urgente renovarmos a classe política, sintonizá-la com o ciclo virtuoso do Brasil.
Todos em Belém conhecem a milonga do Barbalhão, retórica oitentista, ultrapassada que não conseguiu alavancar o Estado do Pará a uma condição melhor no cenário brasileiro.
A história recente do Pará em flashback: 1. Pará pobre, Barbalho pobre; 2. Pará pobre, Barbalho rico...
Como a gente consegue enriquecer numa geração sendo político???